DÚVIDAS E PREVENÇÕES PREVENÇÕES EM GERAL Dúvidas Freqüentes Aves Características gerais As aves são vertebrados que descendem dos répteis e após passarem por um período evolutivo complicado, atualmente possuem as seguintes características:
Qual é o melhor tipo de gaiola, de madeira ou metal? As gaiolas de madeira são mais bonitas, mais aconchegantes no inverno, e mais frescas no verão, porém, as gaiolas de metal são mais higiênicas, com maior facilidade para limpeza. As de madeira devem ser muito bem envernizadas, ficando calafetadas, não havendo assim espaços para alojamentos de piolhos (ácaros). Os puleiros devem ser fixados em posições que, quando a ave defeque, não atinja cochos ou banheiras. É interessante que acima da bandeja com papel exista uma grade para que o pássaro ao descer no fundo da gaiola não tenha contato com as fezes ou comidas sujas, recurso só encontrado em gaiolas de metal. Como devo higienizar uma gaiola que comportou um pássaro doente? Considerando que a doença que causa maior preocupação aos criadores é a Isosporose, e é de fácil contágio entre os indivíduos, devemos fazer uma higiene específica. Trata-se de um protozoário, que quando no estado de oocisto tem resistência aos desinfetantes domésticos. Porém, não resiste a uma temperatura superior a 60°C. Após lavar a gaiola com água e sabão, despeje água fervendo, que você terá uma higiene absoluta. Devo forrar a gaiola com jornal? Não, pois a tinta do jornal contém chumbo, que é tóxico a qualquer animal. Forre sua gaiola com papel branco de boa absorção. Banheira deve ser colocada todos os dias, mesmo no inverno? Sim, o banho ativa a circulação sangüínea, somente cuide que em dias muito frios, a água pelo amanhecer é gelada, não podendo ser oferecida dessa maneira, devendo temperá-la para que fique fria. Procure não oferecer o banho ao entardecer, para que ele se seque totalmente antes de dormir. O banho é um sinal de saúde. Devo lavar os puleiros da gaiola (freqüência e com que produto)? Os puleiros não devem ser lisos, pois a ave desliza o pé, formando calos sob os dedos, causando dor e incômodo. Se for liso, raspe-o de ponta a ponta com uma serrinha de metal, ou mesmo com uma faca de serra, causando ranhuras para que a ave agarre melhor. Lave-o com água e sabão, e depois de seco passe-o na chama do bico de gás do fogão, sempre que notar sujeira. Com que freqüência as aves trocam de pena? Os filhotes fazem uma muda de pena aos 45 dias de vida, trocando a plumagem do ninho por uma plumagem mais bonita e brilhante. Por volta de 150 dias (pode adiantar ou atrasar, dependendo da época que o filhote nasceu), ocorre outra muda, geralmente no outono, a partir daí, uma vez por ano, sempre na mesma época. Os pássaros com diformismo sexual (machos com cores diferentes das fêmeas) ganham sua coloração definitiva na 3a muda (de 10 a 14 meses). É comum as aves pararem de cantar na muda, devendo voltar quando sua plumagem atingir brilho. Alguns pássaros fazem uma muda que não é completa (criadores chamam de repasse de muda) pela primavera. Os pesquisadores mais profundos chamam de muda pré-nupcial, pois todos pássaros que fazem esta muda acabam procurando o acasalamento. Uma condição de estress pode provocar uma muda fora de época. A partir de que idade os pássaros começam a cantar? Nós criadores, as vezes observamos filhotes de 20 dias de vida, ainda com a mãe, depois de alimentados dar o sinal de macho, evoluindo com o passar dos dias. Normalmente até a 2a. muda, os filhotes machos chulrriam ou engrisam, trata-se de um sub-canto, um período de aprendizado para o canto definitivo, que deve ocorrer após a 2a. muda. Temos conhecimento de alguns filhotes precoces que cantaram já com 60 ou 70 dias, o que não é normal. É verdade que as fêmeas não cantam? As fêmeas de um modo geral cantam um pouco no período anterior à criação; é curto, baixo e sem a mesma dicção dos machos. Como deve ser o banho de sol? De preferência pela manhã, pois terá um tempo maior de exposição. Uma saturação do tempo em exposição ao sol causa os seguintes sintomas: - abertura do bico. - aceleração do ritmo cardíaco (de fácil identificação visual). - abertura dos ombros em relação ao corpo. Para maior segurança, coloque sobre a gaiola, um pano ou um papelão que cubra metade da área, oferecendo sombra, pois o pássaro saberá melhor do que nós a hora de abrigar-se. Ao recolhê-lo troque a água do bebedouro e da banheira, pois pode ter esquentado. Lembre-se que as vitaminas expostas a luz intensa perdem suas propriedades, então ministre-as sempre após o banho de sol. Edilson Guarnieri - criador de passeriformes Juiz de Canto de Curiós (credenciado pela Federação Brasileira de Pássaros Silvestres - FEBRAPS) Diretor de Relações Públicas da SERCA (Sociedade Esportiva Recreativa dos Criadores de Avinhados) - SP Editor da Revista Passarinheiros e Cia. Pesquisador sobre criação e aprendizado de canto de pássaros IDENTIFICANDO DOENÇA NO CRIADOURO Afecções respiratórias Enterites (diarréias) Pele e plumagem Reprodução Prevenção As aves, de um modo geral, possuem um metabolismo muito acelerado em relação aos mamíferos, e isso representa um ponto de grande atenção no eu diz respeito à identificação e tratamento de doenças no criadouro. Devido a este metabolismo acelerado, as doenças atingem grandes proporções sem pequeno espaço de tempo e se o criador não estiver atento a quaisquer alterações, diariamente, pode perder a ave ou até mesmo todo o plantel. Existem várias condições internas e externas ao criadouro que podem favorecer a instalação de doenças, como, sujeira, poeira, excesso de umidade, superpopulação, luminosidade descontrolada, má nutrição, parasitismo interno ou externo, uso inconsequente de antibiótico, correntes de vento, introdução de aves doentes, etc. Identificar doenças nas aves não é uma tarefa fácil pois muitas apresentam sintomas parecidos e muitas vezes determinam um quadro geral totalmente inespecífico; assim vamos fornecer algumas dicas para que o criador saiba o que observar em seu plantel, orientando corretamente o veterinário no fechamento do diagnóstico. AFECÇÕES RESPIRATÓRIAS: São as de maior importância pelo fato de as aves possuirem sacos aéreos, que são "extensões" dos pulmões por todo o corpo. Este vasto aparelho respiratório, quando agredido, compromete toda a ave em muito pouco tempo, e por vezes irreversivelmente. Podemos dividir o trato respiratório em duas partes (superior e inferior) e atribuir às duas alguns sintomas mais comuns apesar de poder ocorrer tudo ao mesmo tempo. Trato Superior: Corrimento nasal, sinusites com inflamação ao redor dos olhos, coriza (espirros). Trato Inferior: rouquidão, perda da voz, ruídos respiratórios, movimentação da cauda ao respirar. São inúmeros os agentes que podem acometer o sistema respiratório (bactérias, vírus, fungos, ácaros) sendo necessário coleta de material (saliva, fezes, ovos, aves para necrópsia) para identificação e tratamento correto do problema. Um agente muito comum em criadouros é o ácaro de traquéia que provoca sintomas bem específicos como esfregar o bico no poleiro, fazer movimentos de vai e vem como pescoço e rouquidão. Estes problemas são os mais difíceis de serem tratados pois cronificam-se muito rapidamente e são resistentes a inúmeras terapias.
ENTERITES: Provocam, entre outros sintomas, as famosas diarréias, que são pesadelos para inúmeros criadores. Antes é preciso que se esclareça a diferença entre diarréia e poliúria (excesso de urina). A diarréia é identificada por fezes amolecidas e geralmente, com cor e odor diferentes do normal. A poliúria caracteriza-se por uma grande quantidade de líquido nas fezes, que por sua vez estão íntegras (cor, odor e formas normais), ou seja, é aquela "roda d’água" que fica no jornal da gaiola e que muitas vezes é transitória (stress, consumo de verduras) ou pode acusar problemas renais. Enterites bacterianas: (E.coli, Salmonella, Shigella) provocam alteração do estado geral das aves, fezes fétidas, hemorrágicas, escurecidas, ou muito claras, além de alta mortalidade de filhotes na primeira semana de vida. Os agentes podem ser primários ou manifestarem-se secundariamente a outras afecções, sendo o diagnóstico laboratorial (exame de fezes) e o tratamento altamente específico (grande resistência a antibióticos). Enterites Virais: acontecem mais raramente nas criações, mas podem se tornar altamente letais quando entram em secundariamente a outras afecções que podem fragilisar o sistema imune da ave (Newcastle, Varíola, etc). Os sistemas podem ser os mais variados e o melhor remédio é a prevenção com uma boa nutrição e uma desinfecção correta. Enterites Parasitárias: provocadas por vermes como helmintos e outros. Podem provocar enfraquecimento rápido, caquexia e morte; ou ainda obstrução do trato intestinal deixando a ave como abdômen distendido e sem conseguir defecar. Vermifugações regulares devem afastar estes problemas do seu criadouro. Enterites por protozoários: são as famosas coccídioses que atormentam criadores, principalmente de pintassilgos. As aves desenvolvem uma diarréia que pode ser mucosa, catarral ou hemorrágica, dependendo do agente, seguida de perda de apetite, anemia profunda e morte. São de difícil tratamento sendo necessário, as vezes associação de medicamentos. Enterites Tóxicas: provocada por alimentos contaminados por toxinas (fungos, bolores e agrotóxicos). Provocam mortalidade em massa e mesmo após identificação e eliminação do problema, os sintomas persistem por algum tempo. Cuidado na compra de sementes e também no seu armazenamento!
PELE E PLUMAGEM: Uma das características mais peculiares da ave é a plumagem que recobre todo o corpo servindo de barreira contra agentes químicos, físicos e também como isolante térmico. Por isso, alterações da plumagem, além de depreciar a ave, podem facilitar a instalação de doenças de todos os tipos. Entre as principais afecções estão: mudas irregulares e constantes devido a luminosidade inadequada ou carências nutricionais; canibalismo por deficiência nutricional, distúrbios hormonais e ainda, os mais conhecidos ácaros (piolho, carrapato, sarna). No caso dos ácaros pode-se notar prurido, perda de pena e inquietação, gerando stress e podendo deprimir o sistema imune das aves. A administração de acaricidas e a vigilância sistemática devem resolver o problema. Cistos de pena ou "bola" dos canários: estes tem origem genética ligada algumas cores de canário, sendo necessário extração cirúrgica; porém algumas pesquisas estão conseguindo relacionar o aparecimento de cistos em canários de cores livres de predisposição genética à infestação por ácaros. Em qualquer dos casos é de extrema importância que se faça a higiene das penas com banhos regulares, banhos de sol e nutrição adequada.
REPRODUÇÃO: Cistos ovarianos e tumores de oviduto: são problemas que tem predisposição em algumas espécies, como os canários, eliminando a fêmea da reprodução. Retenção de ovo: devido a ovos de tamanho avantajado e ou deficiência nutricional; a terapia é a retirada mecânica ou cirúrgica se necessário. Prolapso de oviduto: consequência de retenção de ovo ou deficiência nutricional (cálcio e fósforo). Inflamação do oviduto ou salpingite: resultante de coito ou tratamento inadequado de prolapso ou retenção. Os sintomas são: dificuldade respiratória, distenção abdominal, diarréia ou constipação. Esterilidade dos machos: relacionada a deficiência nutricional ou tumores de testículo.
PREVENÇÃO: A saúde do plantel depende em grande parte do manejo e dos cuidados com o criadouro. Alimpeza correta, evitando levantar nuvens de poeira ao varrer o chão, desinfecção periódica com desinfetantes próprios, sprays acaricidas, observação diária de aves doentes e isolamento das mesmas, e a visita regular do veterinário para a coleta de fezes, exame de aves doentes e de orientação nutricional são medidas básicas para manutenção do bem estar. Aluminosidade adequada com um mínimo de 8 horas de escuro diárias para descanso das aves e um posicionamento adequado do criadouro para evitar correntes de vento também contribuem para a saúde das aves. A quarentena, a enfermaria (isolamento) e o uso correto de medicamentos são essenciais para que problemas gravíssimos não venham a ocorrer e tornar-se insolúveis. O fornecimento de informações corretas ao veterinário é de fundamental importância para o direcionamento do diagnóstico e prescrição de tratamento adequado. Medicamentos podem mascarar os sintomas da doença sem curá-la, por isso, qualquer atitude deve ser cuidadosamente orientada. E lembre-se que é muito melhor prevenir do que remediar. Boa Sorte |
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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
PREVENÇÕES EM GERAL
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